terça-feira, 31 de agosto de 2010

O AMARGO SANTO DA PURIFICAÇÃO


"Para o seu novo trabalho de pesquisa de Teatro de Rua a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz escolheu a história do revolucionário brasileiro Carlos Marighella, que viveu e morreu durante períodos críticos da história contemporânea do nosso país, sendo protagonista na luta contra as ditaduras do Estado Novo e do Regime Militar. O Amargo Santo da Purificação é uma visão alegórica e barroca da vida, paixão e morte do revolucionário Carlos Marighella. A encenação coletiva para Teatro de Rua conta a história de um herói popular que os setores dominantes tentaram banir da cena nacional durante décadas. Na seqüência de cenas o público assiste momentos importantes desta trajetória: origens na Bahia, juventude, poesia, ditadura do Estado Novo, resistência, prisão, democracia, constituinte, clandestinidade, ditadura militar, luta armada, morte em emboscada e o resgate histórico, buscando um retrato humano do que foi o Brasil no século XX. É uma história de coragem e ousadia, perseverança e firmeza em todas as convicções. A coerência dos ideais socialistas atravessando uma vida generosa e combatente, de ponta a ponta. Marighella não abdicou ao direito de sonhar com um mundo livre de todas as opressões. Viveu, lutou e morreu por esse sonho. A dramaturgia elaborada pela Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz parte dos poemas escritos por Carlos Marighella que transformados em canções são o fio condutor da narrativa. Utilizando a plasticidade das máscaras, de elementos da cultura afro-brasileira e figurinos com fortes signos, a encenação cria uma fusão do ritual com o teatro dança. Através de uma estética ‘glauberiana’, o Ói Nóis Aqui Traveiz traz para as ruas da cidade uma abordagem épica das aspirações de liberdade e justiça do povo brasileiro".

TRIBO DE ATUADORES ÓI NÓIS AQUI TRAVEIZ/RS

Dramaturgia criada coletivamente a partir dos Poemas de Carlos Marighella
Roteiro, sonoplastia, figurinos, máscaras, adereços e elementos cenográficos:
Criação Coletiva
Músicas: Johann Alex de Souza
Atuadores: Paulo Flores, Tânia Farias, Pedro Kinast De Camillis, Clélio
Cardoso, Aline Ferraz, Marta Haas, Edgar Alves, Roberto Corbo, Sandra
Steil, Paula Carvalho, Letícia Virtuoso, Eugênio Barboza, Anelise Vargas,
Lucio Hallal, Paula Lages, Déia Alencar, Raquel Zepka, Alex Pantera,
Karina Sieben, Jorge Gil, Caroline Vetori, Eduardo Cardoso, Renan
Leandro, Alessandro Müller e Jeferson Cabral.
Locução Ai-5 E Descrição Clima Cena Da Morte: Nilson Asp
Voz das Lições de Tortura: Giovana Carvalho
Criação da Cabeça de Getúlio Vargas: Alessandro Müller
Criação e Execução dos Triciclos: Carlos Ergo (ergocentro)
Criação e Execução Estandarte ‘depor Podre Poder’ e Colares Iansã:
Margarida Rache
Confecção Figurinos: Heloísa Consul
Execução de Crochê das Cabeças Marighella: Maria das Dores Pedroso
Preparação dos Atores:
Capoeira: Ed Lannes (grupo Zimba)
Berimbau: Nelsinho (grupo Zimba)
Saxofone: Zé do Trumpete
Dança Afro: Taila dos Santos Souza (odomodê)

Um comentário:

  1. "coragem e ousadia, perseverança e firmeza" não está apenas na história encenada, mas em vcs que realizam esse trabalho... Parabéns! Nicy

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