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Foto: Avener Prado |
“O maior tropeço da vida é a morte”. Com esta frase o ator Dico Ferreira definiu um dos muitos motivos para o nome da peça que foi um sucesso absoluto na noite de domingo.
As emoções misturadas em um único espetáculo retratam o sentido do Festival Palco Giratório. “Me diverti muito com a peça e no final fiquei com lágrimas nos olhos pelo final inesperado”, comenta Maria das Graças, que tem freqüentado o teatro todos os dias.
‘Tropeço’ é realmente isto. Uma mistura de sentimentos e emoções. A história, contada sem falas e explorando a linguagem visual, traz à tona a importância de se conhecer a essência da solidão e da velhice.
O espetáculo que de forma simples emociona um teatro lotado é feito por mãos entrelaçadas e que dão vida aos pensamentos e memórias de uma senhora. Com apenas uma pequena mesa, velas e alguns objetos, surgem duas personagens que contam fragmentos de uma vida em conjunto. As mãos que andam, dançam, bebem, respiram, riem e choram nos contam uma história que conhecemos, mas que muitas vezes passa despercebida na correria do cotidiano.
De acordo com Dico Ferreira, a peça ‘Tropeço’ é parte de uma pesquisa em dramaturgia física, que traz a continuidade e junção dos trabalhos corporais desenvolvidos nas áreas de teatro, dança contemporânea, mímica e teatro de formas animadas.
É uma leitura renovada da velhice, da homossexualidade e da solidão que pode atingir a todos. O teatro lotado aplaudiu de pé um espetáculo que diverte e faz pensar.
Katiane Negrão e Dico Ferreira estiveram maravilhosos em cena e conquistaram os corações e mentes de muitos que aproveitaram a mais uma noite de Palco Giratório em Porto Velho.
Texto: Rose Viegas
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